PIMENTA E EMAGRECIMENTO:
A pimenta é um alimento termogênico, capaz de aumentar o gasto calórico do organismo durante a digestão e o processo metabólico. A substância responsável por isto é a capsaicina que aumenta a taxa metabólica em até 20%. Assim, o consumo de 6 gramas de pimenta queima cerca de 45 calorias.
Além disso, alguns estudos experimentais apontam que o fruto diminui o desejo de ingerir proteínas, carboidratos e gorduras. Isto provavelmente ocorre porque a pimenta aumenta a atividade do sistema nervoso simpático que afeta o comportamento de ingestão alimentar.
CONTRAINDICAÇÕES:
Não existem dados científicos que comprovem que a pimenta causa úlceras ou outros distúrbios digestivos. Porém, por precaução o recomendado é que pessoas que já têm úlcera ou gastrite, evitem o consumo em excesso do fruto. Quem tem hemorroidas também deve tomar cuidado com a pimenta, isto porque em grandes quantidades ela pode levar a irritação do endotélio, que constitui a camada celular interna dos vasos sanguíneo, lembrando que o problema resulta de veias inchadas e que ficam doloridas.
PRINCIPAIS TIPOS DE PIMENTA:
As pimentas se diferenciam pelo grau de picância, o que também determina a quantidade e tipos de substância que possuem. Confira quais são os tipos mais consumidos:
Pimenta do reino: Essa é a pimenta preta, típica da Índia e que é rica em piperina, substância com propriedades termogênicas, o que ajuda a emagrecer.
Pimenta malagueta: Essa é a pimenta mais consumida no nordeste do país, usada na preparação de pratos típicos, como o acarajé. Fonte rica de capsaicina, substância que confere ardência ao alimento.
Cayenna: Esse é um tipo de pimenta vermelha e enrugadinha, cultivada na América do Sul e Central. Ela pode ser consumida fresca ou em pó, no entanto é essencial retirar suas sementes antes do preparo, uma vez que elas são tóxicas. Esse é um bom tipo para a saúde, por melhorar a circulação sanguínea e a proteger o coração.
Jamaicana: Esse é um exemplar bem ardido e, por isso, não deve ser consumido por qualquer pessoa. Normalmente, é utilizada na preparação de molhos.
Jalapeño: É uma das pimentas mais populares no México, tem uma picância mediana. Ela pode ser usada nas mais diferentes receitas, incluindo geleias e tacos. A jalapeño pode ser consumida em conserva, desidratada, em molhos ou crua.
Chipotle: Essa é a pimenta Jalapeño na versão seca, o que faz com que ela fique mais picante. Pode ser consumida inteira, em conserva, em forma de molho ou em pó. Combina com vegetais e grãos.
Tabasco: O molho dessa pimenta mexicana é muito conhecido. Ela é vermelha e picante, muito utilizada em porções e entradas.
Habanero: Essa é a pimenta mais picante da lista. Também de origem mexicana, possui tons intensos e pode ser vermelha, rosada, verde, amarela ou alaranjada.
Chilli: Essa é a pimenta norte-americana mais conhecida, encontrada nas cores vermelho, amarelo, laranja ou verde. Ela é bem picante e pode ser consumida fresca, em pó ou como molho concentrado. A chilli pode se usada nas mais diferentes preparações.
Thai: Famosa na gastronomia tailandesa e asiática, ela é verde ou vermelha e comprida. Sua picância é alta, por isso só quem está acostumado com isso deve experimentar.
Pimenta-de-cheiro: Por ser bem aromática, é muito usada no preparo de peixes e frutos do mar. Ela é bem comum no nordeste e o teor da sua ardência varia.
Fidalga: Também usada no tempero de peixes, marinadas e conservas, tem alto grau de ardência.
Cambuci e americana: Essas são tipos de pimentas doces, usadas recheadas, grelhadas, assadas ou em receitas com picles.
Dedo de moça: Um pouco mais suave que a pimenta malagueta, ela é consumida líquida, fresca, desidratada (nessa versão ela é a pimenta calabresa) ou em conserva. Meia colher de sopa dessa pimenta, na versão desidratada em pó, pode suprir a necessidade diária de vitamina A.
COMPOSTOS BIOATIVOS DA PIMENTA:
Quanto mais picante a pimenta, maior o teor de capsaicinoides, bons para a saúde devido a suas ações antimicrobiana, anti-inflamatória, anticancerígena, entre outras. Esses compostos determinam a ardência da pimenta, expressa por uma escala chamada Scoville Heat Units (SHU) ou Unidades de Calor Scoville. O teor de picância pode variar de até um milhão de SHU.
Capsaicina: Confere a coloração avermelhada e possui ação antioxidante, o que o faz importante na prevenção de doenças.
Violaxantina: Esse é o principal carotenoide das pimentas amarelas, responsável por mais de 60% dos antioxidantes presentes nesses frutos.
Luteína: Composto também encontrado em vegetais de folha verde, é importante para a manutenção da saúde dos olhos.
Ácido ferúlico: É um ácido com propriedades antioxidantes e, por isso, determinante para a prevenção de doenças crônicas que atingem o nosso sistema nervoso.
Ácido sinapínico: Outro tipo de antioxidante que possui ações antitumoral e anti-inflamatória.
As pimentas Capsicum ainda são ricas em vitamina C, nutriente importante para a prevenção de gripes e resfriados, que fortalece ossos e dentes e melhora a absorção de ferro no organismo. Elas também são fontes de vitaminas E, B6 e K, assim como de minerais como o cobre e o potássio.
COMO CONSUMIR A PIMENTA:
A melhor maneira de comer a pimenta é fresca. Assim, todos os nutrientes do fruto são mantidos. As versões na forma de molho, de conservas, de geleia, páprica, desidratada e dessecada também são opções, porém parte dos nutrientes, especialmente as vitaminas, podem ser perdidas no processo.